29 de set. de 2010

História 14

Os Três Machados

Tema: Amor à Verdade
Fonte: Agenda Conte Mais FERGS

Esta é uma historinha muito antiga.


Era uma vez um lenhador.
Era verão. Fazia muito calor.
O homem estava bastante cansado! já havia cortado muita lenha! Por isso dirigiu-se à margem do rio que por ali passava, deitou-se na relva e, colocando o machado ao lado, preparou-se para uma soneca. Ainda bem não tinha fechado os olhos, sentiu uma comichão desagradável na mão. Virou-sé logo para coçá-la, mas fez um movimento tão brusco que empurrou o machado para dentro do rio.
Coitado! O machado era o seu ganha-pão!
O pobre homem sentou-se muito aflito e começou a chorar. Que fazer?” — pensava.
— “Não sei nadar.”
Então apareceu um nadador e perguntou:
— Que tem você?. . . Por que chora?
E ele respondeu:
— Que hei de fazer, senhor! Perdi o meu machado que era o meu ganha-pão!
O nadador nada disse, mas atirou-se ao rio e, depois de algum tempo, trouxe lá do fundo um machado de ouro. Era lindo! Brilhava à luz do sol!
— É este? — perguntou o nadador.
O lenhador nunca havia visto um machado como aquele. Era mesmo uma beleza! Mas respondeu logo:
— Não, senhor, o meu não é nem tão belo, nem tão valioso como este.
O nadador, sem dizer nada, tornou a dar outro mergulho e trouxe do fundo do rio um outro machado. Era um machado de prata!
— É este? — perguntou.
— Também não! — respondeu o lenhador. — o meu ainda não é tão bonito nem tão valioso.
O nadador deu o terceiro mergulho e apareceu com um machado de ferro.
— E este?
— É, sim, senhor! É este mesmo — respondeu o lenhador, muito contente.
Então, o nadador, com um sorriso de satisfação, falou-lhe com bondade:
— Leve com você os três machados: o de ouro, o de prata e o de ferro.
O lenhador ficou admirado! E, muito agradecido e feliz, foi correndo contar aos companheiros o que lhe havia acontecido.
Então, pensou um deles: “Que pechincha! Vou arranjar também um machado de ouro e outro de prata.”
E se assim pensou, assim fez. Atirou ao rio seu machado de ferro e depois, sentou-se na relva, pondo-se a chorar.
O nadador apareceu.
— Que tem você? Por que chora?
O homem respondeu logo:
— Senhor! Perdi meu ganha-pão! Meu machado caiu no rio.
O nadador, sem nada dizer, mergulhou e voltou com o machado de ferro.
— É este? — perguntou.
Muito depressa, o homem respondeu:
— Não, senhor! O meu machado é de ouro!
Então o nadador falou zangado:
— Pois se não é este, vou levá-lo comigo.
E atirou-se ao rio com o machado de ferro, deixando o homem desapontado e muito arrependido do que havia feito.

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