A sementinha que não queria crescer
Fonte: desconhecida
Narrador: Vivia, embaixo da terra, numa casinha toda fechada, uma sementinha bem pequenina. Ela se encontrava no silêncio e na escuridão. Só queria ficar dormindo... Um dia ouviu um barulho forte: "Pique-ploque! plique-ploque!
Acordou assustada:
Semente: O que foi isso? Tem alguém ai? Quem está fazendo esse plique-ploque aí fora?
Chuva: Sou eu, sementinha. Vim refrescá-la e dar-lhe força para sair daí debaixo da terra.
Semente: Sinto muito, mas só quero dormir sossegada.
Chuva: Mas eu viajei montes e vales só para te ver. Por favor, deixe-me entrar!
Semente: Não, não, não. Tenho medo, não quero crescer. Agora, dona chuva, por favor vá embora e me deixe dormir.
Chuva: Está bem, eu vou. Mas vou voltar qualquer dia. Até logo sementinha.
Semente: Até logo, dona chuva.
Narrador: A sementinha voltou a dormir, deu graças a Deus pela chuva ter ido embora e ficou no silêncio e na escuridão. E, se passou muito tempo...
Um dia ela ouviu outro barulhinho:
Vento (soprando com força) - Uh... uuuuh...
Semente: (assustada): Ai, o que é isso? Quem está aí?
Vento: Sou eu, o vento, sementinha! Cheguei ventando hoje mesmo e já estou aqui para visitar você.
Semente: Sinto muito, mas nunca recebo visitas. Por favor, vá embora.
Vento: Mas eu posso fazer você crescer se sair para fora da terra.
Semente: Não, não, não.
Semente: Quero ficar aqui mesmo, não quero crescer. Agora, tenha a bondade de ir embora e me deixar dormir.
Narrador: O vento foi embora ventando triste. Disse que voltaria outro dia. A sementinha deitou-se novamente. Finalmente adormeceu. Mas não durou muito e começou a sentir muito calor. O calor era tanto que acabou acordando:
Semente: Por que estou sentindo tanto calor?
Sol: Sementinha!
Semente: Xiiii, outro na minha porta porta! Quem está aí?
Sol: eu sou o Sol, sementinha. Vim visitar você!
Semente: Eu já disse para a chuva e para o vento e agora digo para você: eu nunca recebo visitas!
Sol: Mas nós só queremos ajudar você. Se continuar dormindo você vai secar e se despedaçar. Queremos que você viva e cresça e se transforme em linda planta na superfície da terra.
Chuva: Abram a porta sementinha!
Semente: Não, Não!
Sol: (severo): Sementinha, ouça bem: a mãe terra nos encarregou de criar você. E você sabe que deve obedecer sua mãe.
Semente: Está bem podem entrar (o sol se aproxima, a chuva e o vento também. A sementinha com medo de olhar fecha os olhos)
Semente: Não, não, não me obrigue a sair de minha casinha!
Sol: Você terá uma casa muito maior e mais bonita. Por favor, pare de tremer sementinha. Eu vou conservá-la bem quentinha.
Chuva: E se você ficar com muito calor por causa dos raios do sol, eu virei refrescá-la com as minhas gotas brilhantes.
Vento: E eu também, vou refrescá-la com minhas brisa mais suave.
Sol: Abra os olhos sementinha. Olhe em volta de você.
Semente: Ah! Que terra mais linda!
Sol: Agora você não vai querer voltar mais para sua casinha, vai?
Semente: Não, não, não!
Narrador: A sementinha transformou-se em planta linda. E cantava:
Semente (cantando - ritmo da música ciranda, cirandinha):
Eu queria dormir
Lá embaixo, sossegada,
Mas agora eu danço,
Muito alegre, acordada.
É gostoso ser semente,
E dormir bem escondida,
Mas é mais gostoso ainda
Ser plantinha colorida.
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar!
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