14 de jun. de 2010

História 6

Parábola do semeador
Fonte da figura: CNBB Sul III

Versão Rodolfo Caligaris

Afluindo uma grande multidão, e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse-lhes Jesus, por semelhança:

Saiu o que semeia, a semear a sua se­mente. E, ao semeá-la, uma parte caiu junto ao caminho, foi pisada e as aves do céu a comeram.
Qutra caiu sobre pedregulho, onde não havia muita terra; nasceu depressa; mas, logo que saiu o sol, entrou a queimar-se, e, como não tinha raiz, secou.
Outra caiu entre espinhos, e logo os espinhos que nasceram com ela a afogaram.
Outra, finalmente, caiu em boa terra, vin­gou, cresceu, e alguns grãos deram fruto a trinta, outros a sessenta, e outros a cento por um.
Dito isto, começou a dizer em alta voz: O que tem ouvidos de ouvir, ouça.
Então os seus discípulos lhe perguntaram que queria dizer essa parábola, e ele, expli­cando-a, lhes respondeu:
A semente é a palavra de Deus.
A que cai à beira do caminho, são aqueles que a ouvem; mas, depois, vem o mau e tira a palavra de seus corações, para que não su­ceda que, crendo, sejam salvos.
A que cai no pedregulho, significa os que recebem com gosto a palavra, quando a ouvem; mas, não tendo raízes, em sobrevindo a tribu­lação e a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam e voltam atrás.
Quanto a que caiu entre espinhos, são os que ouvem a palavra; mas, os cuidados deste mundo, a ilusão das riquezas e as outras pai­xões, a que dão entrada, afogam a palavra, e assim fica infrutuosa.
Mas a que caiu em boa terra, são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a. retêm e dão fruto com perseverança.
(Mat. 13:1-23; Mar. 4:1-20; Luc. 8:4-15)
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Para o Evangelizador estudar:
Nesta interessante parábola, Jesus retrata magistralmente o feitio moral de cada um da­queles aos quais o Evangelho é anunciado.
Conforme a sua má ou boa vontade na aceitação da palavra de Deus, e a maneira como procedem após tê-la ouvido, os homens podem ser classificados como “beira de caminho”, “pe­dregal”, “espinheiro” ou “terra boa.”
A primeira classificação refere-se aos in­diferentes, isto é, aos indivíduos ainda imaturos, não preparados para tal semeadura, indi­víduos que se expressam mais pelo estômago e pelo sexo e cujos corações se mostram insen­síveis a qualquer apelo de ordem mais elevada.
A segunda diz respeito a uma classe de pessoas de entusiasmo fácil, que, ao se lhes falar do Evangelho, aceitam-no prontamente, com júbilo; mas, não encontrando, dentro de si mesmas, forças suficientes para vencerem o comodismo, os vícios arraigados, os maus dese­jos, etc., sentem-se incapazes de empreender a reforma de seus hábitos, a melhora de seus sentimentos, e, se acontece surgirem incom­preensões e dificuldades por causa da doutrina, então esfriam de uma vez, voltando, presto, ao ramerrão de vida que levavam.
Os da terceira espécie são aqueles que, embora já tenham tido “notícias” dos ensina­mentos evangélicos, e os admirem, e os louvem até, sentem-se, todavia, demasiadamente pre­soa às coisas materiais, que consideram mais importantes que a formação de uma consciên­cia espiritual. O medo do futuro, a luta pela conquista de garantias pessoais, vantagens e luxuosidades, sufocam, no nascedouro, os sen­timentos altruísticos ou qualquer movimento de alma que implique a renúncia aos seus queridos tesouros terrestres.
Os definidos por último personificam os adeptos sinceros, nos quais as lições do Mestre Divino encontram magníficas condições de re­ceptividade. Abraçam o ideal cristão de corpo e alma, e se esforçam no sentido de pô-lo em prática. Embora sofram tropeços e fracassem algumas vezes, perseveram, animosos, resul­tando de seu trabalho abençoados frutos de benemerência e de amor ao próximo.
Quem tenha ouvidos de ouvir, ouça.

Fonte: ­ http://vstefanello.webs.com/aulaparbolas.htm (lá também tem outras parábolas e muitas sugestões para trabalhá-las com os evangelizandos)

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